No artigo passado(4 passos simples para se concentrar e ser mais produtivo), demos dicas de como melhorar nossa concentração. Deixamos, porém, em suspenso O QUE exatamente temos que fazer para, conforme o texto passado, DOMINAR A NOSSA MENTE, DEFINIR METAS, DESCONECTAR-SE E SABER DESCANSAR.
Hoje, portanto, falaremos do domínio da mente. O que é? O que há na mente para ser dominado? Para que serve?
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Dr. Roger Vittoz |
O cérebro tem, de certa forma, um funcionamento dual. Ou está criando idéias, imagens e situações ou está recebendo passivamente essas mesmas idéias, imagens e situações. Segundo uma teoria psicológica pouco disseminada no Brasil – do Dr. Roger Vittoz e do Pe. Narciso Irala, é próprio do cérebro funcionar assim e é impossível que ambos estados, criativo e receptivo, coexistam no mesmo instante. Ou seja: ou criamos pensamentos ou os recebemos. Os dois juntos nunca.
Segundo essa mesma linha teórica, a atividade criativa consome muito mais energia que a receptiva. Não poderia ser diferente: enquanto num estado usamos do nosso aparato psíquico – memórias visuais, auditivas, afetivas etc, para lançar algo nosso sobre o objeto percebido, no outro apenas aceitamos das circunstâncias aquilo que elas mesmas nos sugerem.
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Controle Cerebral e Emocional Narciso Irala |
Quando pensamos, cansamo-nos mais depressa que quando contemplamos. Essa é a idéia central da obra “Controle Cerebral e Emocional”, de Narciso Irala, fundamental para qualquer interessado na ciência psicológica, sobretudo quanto à psicologia prática de valor.
A receptividade é, pois, o descanso da vigília. Podemos descansar nossa mente sem estar dormindo e, esse descansar é igualmente fundamental para quem quer aprender a “dominar a mente”.
Se deixarmos a mente sem domínio, sem uma medida justa de seu funcionamento, ela funcionará por si, como um javali à solta numa feira de porcelana. Os sentimentos serão desproporcionais à realidade, a vontade idem, as ações, desordenadas. Nossa mente, como nossa vida, será um caos, e seremos como que escravos dos nossos impulsos mais baixos, das nossas idéias mais rasas, dos nossos sentimentos mais infundados.
Se, pelo contrário, aprendermos a dominar a nossa mente, imprimiremos a ela, conforme a situação e em acordo com a realidade, o impulso que bem desejarmos. Não nos deixaremos levar pelas ânsias, pela sem-razão, pelas vontades do que há de mais baixo em nós. Dominaremos as ansiedades, os medos, as tristezas, as iras. Iremos, pelo caminho mais elevado, subindo os degraus da virtude, e alcançaremos graus de excelência que sequer imaginávamos sermos capazes.
Como, então, podemos fazer isso?
1) O descanso pela receptividade:
Experimente: entre um esforço mental e outro, no trabalho, nos estudos etc., saia de perto do barulho excessivo, se houver, e deixe-se penetrar pelas imagens, sons, cheiros – pela realidade ao seu redor; atente, também, para a sua posição corporal, para as sensações orgânicas do seu corpo. Não pense, apenas deixe-se sentir. Faça isso várias vezes ao dia, sempre que sentir-se com a mente cansada.
A falta de exercício da receptividade acaba por atrofia-la. Sua ausência na vida moderna pode ser uma explicação para o quão ansiosos e preocupados nos tornamos e até da incapacidade de tomar decisões. Substituímos a realidade concreta pela realidade pensada. Pensamos demais, percebemos e vivemos de menos.
2) A oposição aos pensamentos negativos pela autossugestão consciente.
A relação mente-corpo é uma via de mão-dupla. Tanto o pensamento afeta o corpo, como o corpo afeta o pensamento. Também, a própria mente é causa de fenômenos em si mesma; por exemplo, um pensamento ruim que gera tristeza, uma preocupação que gera ansiedade, uma desorganização mental que nos impede de nos concentrar. Por isso, tanto pela alteração do nosso estado físico, das nossas expressões corporais, quanto pela oposição de idéias contrárias, podemos anular o mal que nos afeta.
Por exemplo: a preguiça normalmente vem acompanhada de pijamas, de uma lentidão de movimentos e de bocejos. Quando ela chega, normalmente deixamo-la entrar. Os olhos semicerrados, a fronte relaxada e as comissuras labiais num sorriso sonso. O pensamento lento, desatento, desimportante.
Podemos vencer a preguiça, e outros estados, sentimentos e sensações ruins: A) Se a eles opusermos seus contrários. No caso, a idéia de ação, de necessidade de movimento, de necessidade de cumprir nossas tarefas, de agilidade etc. B) Se modificarmos conscientemente nossas expressões corporais: os olhos normalmente abertos, atentos; a boca com as comissuras levemente para cima; o corpo, ereto; a fronte determinada, etc.
Tente você mesmo: assim que uma idéia ruim lhe aparecer, apague-a de sua mente pelos exercícios acima: pense na idéia contrária, organize-se corporalmente para a nova idéia.
Dominar a própria mente é uma habilidade para poucos. Esses poucos são justamente os que fazem a diferença.
Fique ligado!!! Nos próximos artigos, destrincharemos as outras dicas!!!
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Autores:Aline Ibañez - Master Coach
Nelson Camilo - Coach e Estudante de Filosofia
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Poderia sugerir algum exercício para intuir a experiência inicial no qual se desenvolvem todas as outras experiências ( experiência do eu, do Louis Lavelle).
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