“...o brasileiro em geral herda uma tendência a criar uma visão distorcida, “pejorativa”, do dinheiro e de sua relação com o dinheiro. Ele é visto, no mínimo, como um mal necessário e, no máximo, como a causa de todos os males.”
O que qualifica o homem como tal, segundo a lógica clássica, é a racionalidade. O homem é um animal racional. A racionalidade, por sua vez, expressa-se principalmente pelo fenômeno da consciência. “Saber que sabe”, nossa definição biológica, é ter consciência, é ser capaz de desdobrar a si mesmo num eu atual, que olha e acompanha um eu passado ou futuro.
A experiência me tem mostrado um fenômeno interessante, que confirma os ensinamentos do professor Olavo de Carvalho: a tomada de consciência, ou conscientização, dos elementos do presente e do passado, que fazem parte de nós, da nossa autobiografia, é o primeiro passo para impedir e até mesmo tratar alguns comportamentos compulsivos, muitas vezes subliminares, que compõem nossa ação. Rastrear a origem das próprias idéias, dos nossos norteadores e motivadores é, portanto, um elemento essencial da percepção de problemas e sabotadores, ou seja, de idéias erradas.
Uma dessas idéias, bastante corrente atualmente, é a afirmação categórica de que o dinheiro é algo ruim, mal. Por motivos que não cabe aqui analisar, o brasileiro em geral herda uma tendência a criar uma visão distorcida, “pejorativa”, do dinheiro e de sua relação com o dinheiro. Ele é visto, no mínimo, como um mal necessário e, no máximo, como a causa de todos os males.
Ora, o dinheiro, em si, não é mau nem bom. É, na verdade, o meio que os homens, desde a antiguidade, encontraram para substituir a troca direta de mercadorias e serviços; um intermediário da troca das riquezas que o homem cria. Seu uso, isso sim, é que pode ser qualificado como mau. A diferença está entre comprar remédios com o próprio dinheiro para um amigo ou parente necessitado, por exemplo, e desviar dinheiro dos impostos, tornando o remédio mais caro. Ambas as transações envolvem dinheiro, mas só uma delas é má.
O efeito imediato dessa idéia “sabotadora”, segundo a teoria da PNL chamada “ciclo de realidade”, é uma propensão ao desequilíbrio financeiro. De acordo com essa teoria, as imagens e pensamentos que alimentamos acerca de quaisquer coisas afetam diretamente nossa relação com esses objetos. Deste modo, ver algo como bom ou ruim nos aproxima ou nos afasta desse algo, nos inspira ou nos desmotiva a buscá-lo, nos move ou demove no caminho para consegui-lo.
Alimentando uma imagem negativa do dinheiro, mesmo quando ganho por trabalho honesto, a nossa tendência é afastá-lo de nossas vidas. Se o vemos como um mal necessário, ele assim se materializará em nossas contas bancárias: o mal com que compramos, o mal com que nos pagam, o mal que consome nossas vidas em um trabalho entediante etc. Se ainda permitem-me arriscar uma generalização apressada, convido-os a olhar para a economia do nosso país: não é possível que haja aí péssimas idéias a respeito do dinheiro?
Se, por outro lado, alimentarmos a imagem de que o dinheiro ganho honestamente é a justa recompensa do trabalho, um dos meios pelos quais nos sentimos valorizados pelo que fazemos e uma ferramenta material para valorizarmos aptidões, conhecimentos, habilidades etc., o dinheiro passará a ser exatamente isso para nós.
Um método para modificar essas idéias erradas ou, na linguagem Coach, essas crenças limitantes, ensinado por Narciso Irala e Emile Coué, é justamente o de opor a elas, repetidamente e sempre que surgirem, suas contrárias. Ou seja, percebendo que trazemos conosco a idéia de que o dinheiro é algo ruim, e estando convencidos de que isso é falso e nos atrapalha, o melhor a fazer é pensar nele como algo que PODE ser bom, dependendo do uso que dele façamos, sempre e imediatamente que a idéia errada, ruim, negativa nos vier à cabeça. Destruímos, pela repetição, o símbolo negativo, que funcionava “inconscientemente”, e em seguida reconstruímos outro, agora positivo e consciente. Esse esforço, como disse acima, é fundamental para tomarmos consciência da crença e, a partir daí, começarmos a desmontá-la.
Assim, se queremos, de fato, “preparar o terreno” para que nos tornemos mais prósperos devemos, primeiro e antes de qualquer coisa, rastrear a origem das “nossas” idéias e, ainda, aprender a mudá-las.
Autores:
Aline Ibañez - Master Coach
Nelson Camilo - Estudante de Filosofia
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