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Somos o resultado do nosso passado.

Normalmente culpamos o passado pelo que nos tornamos, pelo que somos, pelo que fazemos e pelo que temos hoje. Não há nada de errado com isso, pois nós, de fato, somos também resultado de nossas histórias. A única coisa de errado nisso é a palavra “culpar”.
Culpar, nos dicionários, significa incriminar, acusar, atribuir culpa a; fazer com que seja incriminado; afirmar como responsável. Quando usamos a palavra “culpa”, portanto, geralmente o fazemos nesse sentido negativo, indicando que certo ato ou fato nos prejudicou.
Fazendo isso, “culpando” a nossa história, é forçoso que nos apeguemos aos seus elementos difíceis. Eles acabam por ser usados como “justificativa” de nossos comportamentos e resultados do presente.
Isso é tão verdade que, se trocarmos a palavra “culpar” por “honrar”, trocamos necessariamente o sentido em que interpretamos os mesmos momentos do passado.
Honrar significa venerar, reverenciar, dar crédito ou merecimento, exaltar. Quando honramos a nossa história, estamos agradecendo por todos os desafios e dificuldades que enfrentamos, pois funcionaram como molde para o que nos tornamos hoje. Aprendemos, com eles, a construir o nosso futuro.
No Coaching há uma ferramenta poderosíssima que nos ensina a honrar e respeitar a nossa história. Essa ferramenta chama-se “Escrevendo a sua Autobiografia”. Com ela nós aprendemos a olhar para o passado com olhos de amor e de bondade, e a enxergar os momentos “ruins” como aprendizados que ele nos trouxe, sem os quais não seríamos quem somos. Quando conseguimos percebê-los, dando a eles um novo significado, estamos prontos para escolher o nosso destino, mais preparados para escrever novos capítulos da nossa história.
Para ilustrar, vou compartilhar com você a história de dois irmãos, gêmeos, o Pedro e o Mário. 

Pedro era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade. 
Naquele dia, Pedro, após tomar café com a esposa e os filhos, levou-os ao colégio e se dirigiu a uma de suas empresas.
Chegando lá, cumprimentou com um sorriso os funcionários.
Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos da empresa, contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi: "Calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem stress".
Apesar da sua calma, ou talvez, por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia. 
Ao sair do trabalho, foi palestrar para estudantes de uma universidade local, sobre motivação para vencer na vida. 
Enquanto isso, em um bairro mais pobre de outra cidade, vive Mário. Como fazia em todas as sextas-feiras, Mário foi para o bar jogar sinuca e beber com os amigos. Já chegou lá nervoso, pois estava desempregado. Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, Ele recusou, alegando não gostar desse tipo de trabalho. Mário não tinha filhos e estava também sem uma companheira, pois sua terceira mulher, partiu dias antes, dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil.
Ele estava morando de favor, num quarto imundo no porão de uma casa.
Naquele dia, Mário bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então armou uma tremenda confusão... e o dono do bar o colocou para fora.
Sentado na calçada, Mário chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu. Após levá-lo para casa e curando um pouco o porre, ele perguntou a Mário: - "Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?"
Mário então desabafou:
- A minha família.... Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tinha um irmão gêmeo, chamado Pedro, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma. 
Enquanto isso, na outra cidade, Pedro terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta: 
- "Diga-me, por favor, o que fez com que o senhor chegasse onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?"
Pedro, emocionado, respondeu:
- "A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, chamado Mário, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma."

Sua vida pode ser diferente, não se lamente e não culpe o seu passado. Construa você mesmo o seu futuro honrando e respeitando a sua história. Comece agora a preparar o passado de um futuro brilhante!
Vamos começar agora? 

Gostou? Fez sentido para você? Curta e compartilhe este artigo. Vamos criar uma corrente do bem.

Quer saber mais como praticar estas ferramentas de coaching? E começar a escrever um novo capítulo da sua história? Entre em contato comigo agora mesmo para agendar uma conversa online gratuita.

Aline Ibañez
Coaching e Gestão Emocional
(62) 9 9193-3045 

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